Notícia G1: 24/03/2013
Segundo
Associação dos Surdos de AL menos de 1% dos surdos tem emprego formal, o fato é
que muitas são as dificuldades enfrentadas pelo deficiente auditivo no mercado de trabalho,
seja pelo preconceito ou pela falta de qualificação. A estimativa da
Associação de Amigos e Pais de Pessoas Especiais (AAPPE) é que aproximadamente 300
dos deficientes auditivos estão no mercado regular de trabalho ou seja, menos
de 1% dos cerca de 180 mil surdos em Alagoas, de acordo com
censo de 2010 do IBGE.
Para a presidente da AAPPE, Iraê
Cardoso, muitas vezes a falta de emprego para a pessoa com deficiência deve-se
principalmente ao preconceito. Segundo ela, existem aquelas pessoas que possuem
uma faculdade, são preparadas e estão na lista de espera de vagas. Outros
pontos apontados por ela são a falta de qualificação profissional e a oferta de
trabalho para os surdos em postos de pouca remuneração. Ainda segundo Iraê
Cardoso existe uma lacuna muito grande no que diz respeito à educação inclusiva
no estado. Somente em 1998 que começaram a serem formados os primeiros
intérpretes e isso fez com que muitos deixassem de ter acesso ao mercado de
trabalho formal. Mesmo com o avanço que tem sido registrado ao longo dos anos,
ainda falta muito a ser feito para que os surdos possam ter as mesmas condições
de buscar uma melhora profissional.
Surdos têm aula de libras no projeto IRES |
Fonte: http://g1.globo.com/al/alagoas/noticia/2013/03/surdos-tem-dificuldade-de-se-inserir-no-mercado-de-trabalho-em-alagoas.html
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirÉ um absurdo nos dias de hoje vivermos em uma sociedade que ainda aponta deficiências. Mesmo profissionais qualificados, pessoas capazes de realizarem atividades complexas passando por situações preconceituosas essa é a verdade. Diante desta situação é verdadeiramente necessário que repensemos sobre os valores que temos, se também não somos agentes causadores destes absurdos.
ResponderExcluirNem ao menos as leis vigentes como cotas e redução de impostos incentiva empresários a contratarem deficientes sejam auditivos ou não. Os órgãos governamentais precisam intervir para que um cidadão possa prover o seu sustento? Ou apenas a conscientização é necessária?
Há tempos os surdos vem lutando para conquistar seu espaço dentro da sociedade produtiva, com a finalidade de fortalecer sua auto-estima e buscar recursos para se capacitarem para o trabalho. O preconceito está quase sempre presente, enxergando o surdo como limitado e incapaz. Quando conseguem um emprego, sentem dificuldades para construir relações interpessoais e compreender a própria dinâmica do espaço laboral. Além disso, o fato de os cargos ocupados pelos surdos serem sempre ligados à mão de obra operária, reforça a tese que eles são intelectualmente menos capazes que os ouvintes. Sabemos que grande parte disso deve-se ao fato de que há falta de qualificação e acesso aos níveis de estudo mais elevados, mas isso não é levado em consideração em um primeiro momento.
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